Escola nivelada por baixo é o alerta central levantado pela deputada Manuela Gonçalves (CH), que condena o que chama de “destruição programada do sistema de ensino” em Portugal. Gonçalves ressalta que não aceita uma escola onde “quem se esforça e quem se encosta têm direito ao mesmo reconhecimento”, afirmando que esse modelo educativo nivela todos por baixo, minando o mérito e castrando as ambições dos alunos mais dedicados.
🏫 Por que a escola nivelada por baixo preocupa?
Durante a sua intervenção no Parlamento, Manuela Gonçalves criticou com firmeza a tendência de enxergar como autoritarismo a simples valorização do esforço, argumentando que uma escola que oferece o mesmo reconhecimento a todos é, na realidade, a negação da excelência. Segundo a deputada:
“Uma escola nivelada por baixo transforma-se numa escola castradora, que destrói ambições.”
Ou seja, uma educação sem critérios claros de avaliação flui para a desmotivação e conformismo, prejudicando tanto os alunos empenhados como o próprio ambiente escolar.

A autoridade do professor sob ataque
Outro ponto crítico levantado pela parlamentar do CH foi a crescente enfraquecência da autoridade docente. Para Manuela Gonçalves, os professores estão submetidos a uma sobrecarga burocrática que os obriga a gerir o “caos” dentro das salas de aula, limitando sua capacidade de ensino e enfraquecendo seu estatuto profissional.
Esse tipo de discurso encontra ressonância em estudos da OCDE e do PISA, que apontam a necessidade de equilíbrio entre autonomia e estrutura nas escolas para garantir um ambiente propício ao ensino de qualidade.
O debate entre méritos e inclusão
O embate entre mérito e inclusão é antigo e resulta em vozes divergentes:
A favor do mérito, argumenta-se que reconhecer o esforço e desempenho estimula a excelência individual e coletiva.
Já as vozes inclusivas alertam para o risco de reproduzir desigualdades, caso os critérios sejam usados de forma discriminatória.
Gonçalves reafirma que premiar quem se esforça não é autoritarismo, mas sim um incentivo ao mérito — algo que, segundo ela, está a ser colocado em causa pelo “regime socialista” que defende uma suposta igualdade de resultados.
Contexto político e educativo
O Chega tem feito críticas recorrentes ao Ministério da Educação, acusando-o de promover uma pedagogia permissiva, que:
Elimina o quadro disciplinar tradicional,
Minimiza sanções para comportamentos inadequados,
Enfraquece o poder sancionatório do professor,
Prioriza processos e relatórios em vez de ensino.
Não foram indicadas propostas concretas pela deputada, mas a argumentação abre caminho para políticas que reforcem a autoridade escolar e os processos de avaliação.
Como a escola nivelada por baixo impacta alunos e docentes
Alunos comprometidos: perdem motivação, pois não são reconhecidos pelo esforço.
Formação de elitismo: professores estagnam no ensino básico por falta de incentivo.
Sala de aula desmotivada: sem disciplina, o foco do docente passa a ser o controlo e não o ensino.
Esses fatores podem comprometer a qualidade da educação portuguesa no cenário internacional, impactando resultados como o PISA, no qual o país tem se mantido em posição mediana.
O que as escolas dizem sobre escola nivelada por baixo
Diversos dirigentes escolares ouvidos pelo Observador e Público mostram-se divididos:
Alguns apoiam ideias de meritocracia, pedindo avaliação transparente e reconhecimento dos melhores.
Outros alertam para o risco de elitizar o ensino, recomendando sistemas de apoio, como acompanhamento diferenciado para alunos em dificuldade.
Esse contraste revela como a questão do mérito e do nível educacional exige políticas equilibradas.
Propostas de melhoria:
Definir critérios claros de avaliação, aplicáveis a todos os alunos;
Restaurar a autoridade docente, através de formação e menos burocracia;
Implementar apoio direcionado para alunos com dificuldades, sem que isso prejudique os mais empenhados;
Estabelecer métricas objetivas para reduzir subjetividades na avaliação.
Se és aluno, lembra-te: o mérito tem valor. Se fosses professor, sabes bem o esforço constante para equilibrar disciplina, ensino e burocracia. E tu, enquanto encarregado de educação, desejas ver os teus filhos valorizados pelo mérito, mas também bem apoiados caso precisem.
Este debate é vital: qual é a escola que queremos?
Repensar a escola nivelada por baixo
A discussão promovida por Manuela Gonçalves convida-nos a refletir sobre os valores que queremos transmitir no sistema educativo. Uma escola nivelada por baixo pode parecer justa, mas custa sonhos. A escola deve incentivar o mérito e garantir o sucesso, sem deixar ninguém para trás.
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Fontes
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